A química orgânica é uma divisão da química proposta em 1777 pelo químico sueco Torbern Olof Bergman. A química orgânica era até então definida como um ramo químico que estudava os compostos extraídos dos organismos vivos.
Em 1807, foi formulada a teoria da força vital por Jöns Jacob Berzelius. Ela baseava-se na ideia de que os compostos orgânicos precisavam de uma força maior — a vida — para serem sintetizados.
Em 1828, Friedrich Wöhler, discípulo de Berzelius, a partir do aquecimento de cianato de amônio, produziu a ureia, começando, assim, a queda da teoria da força vital. Essa obtenção ficou conhecida como síntese de Wöhler. Em seguida, Pierre Eugene Marcellin Berthelot realizou uma série de experiências a partir de 1854 e, em 1862, sintetizou o acetileno. Em 1866, Berthelot obteve, por aquecimento, a polimerização do acetileno em benzeno e, assim, é derrubada a teoria da força vital.
Percebe-se que a definição de Bergman para a química orgânica não era adequada. Então, o químico alemão Friedrich August Kekulé propôs a nova definição aceita atualmente: “Química orgânica é o ramo da química que estuda os compostos do carbono”. Essa afirmação está correta, contudo, nem todo o composto que contém carbono é orgânico, como é o caso do dióxido de carbono, o ácido carbônico, a grafite, etc. Ainda assim, todos os compostos orgânicos contêm carbono.
Esta parte da química estuda a estrutura, propriedades, composição, reações[1] e síntese de compostos orgânicos que, por definição, contenham carbono, mas que podem também conter outros elementos, como o oxigênio e o hidrogênio. Muitos deles contêm nitrogênio, halogênios e, mais raramente, fósforo e enxofre.
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